Abrir um consultório médico é desejo da maioria dos profissionais de saúde que se formaram recentemente, se especializaram ou que saíram da residência. Isso devido a flexibilidade e liberdade que o consultório traz financeiramente, além de otimizar o tempo para novos projetos.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Censo de Demografia Médica em 2015, aproximadamente 60% dos médicos no Brasil atuam em consultórios e clínicas privadas, recebendo maior retorno financeiro. Porém, antes de abrir o seu consultório médico é necessário ter alguns cuidados e lidar com questões burocráticas e de regularização.
Você já conferiu o nosso texto com os primeiro passos para abrir um consultório médico. Agora, listamos alguns elementos burocráticos para você analisar. Confira.
Às vezes, a parte de planejamento é um pouco cansativa e complexa. Porém, esta etapa é essencial para que seu consultório tenha sucesso e, principalmente, alcance novos resultados futuros.
Pense no valor de investimento disponível, nos horários de funcionamento do consultório, nos equipamentos médicos necessários, preços dos serviços, número de pacientes que você pode atender, se vai inserir convênios de saúde ou não, etc. Planejar evita que seu consultório tenha que fazer mudanças a todo tempo e prejudique o seu crescimento.
Definir o perfil do paciente você quer atender é muito importante para dar início a abertura do seu consultório. Pesquise a faixa etária, renda e qual a demanda para a especialidade que irá oferecer, por exemplo. Essa pesquisa é a base para estipular um valor de consulta, pesquisar o melhor local do seu consultório e como fazer a abordagem de divulgação.
Existem 54 tipos de categorias de estabelecimentos médicos que são estipulados pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Portanto, ao abrir o seu consultório é necessário estipular qual categoria enquadra o seu consultório. As mais comuns são:
A clínica médica é um dos estabelecimentos médicos que mais cresce no Brasil. Devido a multidisciplinaridade de atendimentos, baixo custo e rápido crescimento de pacientes. Dependendo do objetivo que você quer atingir, as clínicas populares podem ter convênios de saúde.
Nesse tipo de estabelecimento médico é pressuposto até dois sócios e dois profissionais especializados. Como exemplo: nutricionista que se especializa em nutrição esportiva, fisioterapia que associa com osteopatia.
A clínica geral também pode ser chamada de Medicina Interna. É um estabelecimento que irá atender todas as queixas de pacientes já adultos, relacionando todos os sinais e sintomas com os organismos do corpo. Abrange um diagnóstico geral do paciente, podendo solicitar exames e encaminhamentos de especialistas.
Escolher o local do seu consultório requer muito cuidado e estudo, pois envolve o investimento de capital disponível (que foi definido no segundo passo antes de abrir o consultório), acesso dos pacientes (estacionamento, identificação, localização), conforto do local, espaço adequado para salas, recepção, decoração e, claro, limpeza.
O começo para um consultório simples exige em sua estrutura: recepção, banheiros, sala de espera, de atendimento e de exames. A decoração é um aspecto importante para passar confiança e organização do local aos pacientes. Já a limpeza é imprescindível ser feita regularmente e atender todas as exigências e normas da Anvisa.
Como qualquer negócio, é necessário providenciar e regularizar algumas documentações para que você tenha a licença de exercer a atividade no local. Para a abertura de clínicas médicas, é importante verificar toda a regulamentação de acordo com a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) e a nível municipal.
O objetivo dessas regularizações da Anvisa é a preservação da saúde da população. É por meio das inspeções que são realizados levantamentos de risco à saúde e adotadas medidas para eliminá-los ou reduzi-los, como também incluem a inspeção da estrutura física, procedimentos, responsabilidade técnica, recursos humanos e condições higiênicas em geral.
Por isso, nos consultórios particulares de saúde é necessário agilizar as seguintes documentações:
Esse documento é essencial para que o seu consultório tenha permissão para funcionar, pois comprova que o seu estabelecimento atende à legislação e foi inspecionado pela Vigilância Sanitária. Para solicitar o documento é necessário fazer um cadastro, enviar documentações e preenchimento de formulários a nível municipal.
Um detalhe importante para a Vigilância Sanitária é a correta classificação do CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) que está cadastrado no CNPJ da sua clínica ou consultório. O CNAE informa quais atividades serão desenvolvidas no seu estabelecimento.
O CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) é instituído pelo Ministério da Saúde. O objetivo desse cadastro é obter dados de todos os estabelecimentos de saúde em território nacional. A solicitação de CNES só é possível após obter a licença da Vigilância Sanitária.
O Alvará da Prefeitura também é necessário para regularizar o seu consultório. Para isso, é preciso consultar especialistas, como engenheiros ou arquitetos para verificar se o seu estabelecimento atende as normas de segurança exigidas pela prefeitura. As documentações exigidas para conseguir o alvará, como plantas do edifício, podem depender do tamanho do local e devem ser atualizadas anualmente.
Todo estabelecimento de saúde gera lixos específicos, que não podem se misturar com qualquer material devido ao risco de contaminação e proliferação de bactérias. Por isso, a coleta desses materiais deve ter o tratamento e destino adequado.
Em qualquer consultório, é imprescindível que a coleta de resíduos seja realizada pelo órgão responsável da prefeitura. Para solicitar a coleta é preciso fazer um cadastro e preencher alguns formulários exigidos pela prefeitura da sua cidade.
Estudar modelos de gestão, como o workflow, e inserir softwares para auxiliar esse processo pode fazer toda a diferença na organização e otimização do consultório. Agendas online, controle de finanças e relatórios de pacientes são exemplos de sistemas que melhoram a rotina em clínicas, hospitais e consultórios.
A tecnologia e automação em clínicas vem se tornando comum devido a facilidade de uso e melhoria nos resultados a curto prazo. Portanto, invista e analise o melhor modelo para seu consultório.
Formar a equipe do seu consultório pode ser um desafio, mas é fundamental para o crescimento e qualidade de atendimento e acolhimento dos pacientes. Por isso, mesmo que no seu consultório seja necessário apenas uma secretária e alguém responsável pela limpeza, é mais indicado que a contratação seja feita a partir de indicações, ou até mesmo de conhecidos que tenham boas referências e com perfil amigável para atendimento ao público.
Divulgar o seu consultório médico é importante para atrair novos pacientes e fazer com que o local seja conhecido, tanto na região do entorno quanto no meio digital. Por isso, contratar uma agência de marketing é a melhor maneira para a divulgação do seu consultório. Aliás, é por meio da comunicação e trabalho de especialistas na área que qualquer estabelecimento otimiza seus resultados.
Abrir um consultório requer atenção e cuidado em todas essas etapas. Além disso, é extremamente importante estar aberto para enfrentar desafios e aprender novas áreas para que o seu consultório alcance resultados cada vez mais positivos. Por isso, investir em especializações, fazer cursos sobre empreendedorismo e ter auxílio de profissionais é importante para que essa fase de abertura esteja alinhada com seus objetivos.
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Entenda por que se preocupar com a saúde mental dos profissionais de saúde. Cuidar da saúde mental dos profissionais de saúde deve ser um cuidado constante, tendo em vista que esse aspecto está diretamente ligado às principais causas de perda de qualidade e produtividade no trabalho, o que influencia diretamente nos resultados.
O estresse, a ansiedade e a depressão estão entre os problemas mais comuns, principalmente em tempos de pandemia, onde esses colaboradores estão na linha de frente, tendo que passar várias horas em locais de trabalho exaustivos, correndo o risco de serem contaminados por uma doença pouco conhecida.
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para mostrar a importância desse assunto e as práticas que podem ser aplicadas para promover saúde, bem-estar e integridade física aos profissionais da saúde. Confira!
Os transtornos mentais estão entre as principais causas de afastamento do trabalho. Esse tipo de situação pode levar às mais variadas reações e distúrbios no corpo humano, como depressão, síndrome de Burnout, insônia, estresse, ansiedade, dores, esgotamento, sensação de incapacidade, entre outros.
Por esse motivo, prezar pela saúde mental da sua equipe de trabalho tem sido um grande desafio para os gestores da área da saúde, já que as doenças desencadeadas têm levado a um índice preocupante de turnover, sinistralidade e absenteísmo. Nesse caso, é fundamental que a saúde seja preservada de forma preventiva, e não apenas nos momentos de crise.
Uma saúde mental em dia possibilidade que o funcionário consiga aplicar todas as suas habilidades e competências de forma produtiva, além de ter a capacidade emocional necessária para suportar todas as adversidades e situações de estresse que fazem parte do exercício da profissão.
Existem algumas medidas que podem ser aplicadas como forma de acertar no cuidado à saúde mental dos profissionais que atuam na área da saúde. Veja algumas dicas!
Quando um ambiente laboral seguro é oferecido, os colaboradores se sentem mais confortáveis e motivados para exercer suas atividades. Assim, os dois lados só têm a ganhar, afinal, a estrutura física disponibilizada também faz toda a diferença em relação à saúde mental no local de trabalho. Para isso, alguns investimentos são necessários, como:
Outra medida bastante importante é o incentivo aos trabalhadores para que mantenham hábitos saudáveis no dia a dia, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.
Nesse caso, os descansos entre os turnos são primordiais. O profissional precisa reconhecer suas limitações e não exigir tanto de si mesmo. Práticas como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, cigarros ou quaisquer outros tipos de vício também precisam ser deixados de lado.
Grande parte dos empregados tem vergonha de buscar ajuda psicológica com medo de perderem seus empregos ou passarem por qualquer tipo de preconceito ou julgamento.
Oferecer esse acompanhamento por meio da empresa pode ser uma saída, tendo em vista que o apoio de um profissional especialista e as conversas sobre o dia a dia que ocorrem nos atendimentos são fundamentais para ajudar o indivíduo a saber como agir em meios aos problemas rotineiros, além de gerar confiança, força e inteligência mental para atravessar esses eventos.
Após realizar uma análise minuciosa da realidade do local de trabalho e identificar os principais problemas relacionados à saúde mental dos profissionais de saúde, é o momento de desenvolver um programa efetiva direcionado a esse ponto. Essa ação deve ser ligada a um conjunto de iniciativas com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos colaboradores.
O recomendável é que as estratégias aplicadas sejam voltadas para as formas de enfrentar as situações de estresse e adversidades que podem surgir, sem prejudicar ao próprio trabalhador e, também, a empresa e demais pessoas envolvidas — sejam colegas de trabalho, pacientes, entre outros.
A saúde mental ainda é vista como um tabu para várias pessoas. Na maioria dos casos, a própria pessoa não consegue identificar que está passando por esse tipo de problema, tendo que sobreviver com condições que influenciar negativamente em todas as ações que fazem parte da sua vida, como depressão, ansiedade e demais.
Ao oferecer um canal eficiente para que os funcionários consigam dialogar, fica mais fácil combater essas doenças, já que muitos empregados não estão confortáveis e seguros para uma conversa aberta, mas estão dispostos a desabafar em outros meios, como e-mail, chats, fóruns, entre outros.
Um benefício diretamente ligado ao cuidado com a saúde mental dos profissionais é um plano de saúde que tenha cobertura de psicólogos e psiquiatras. Outra alternativa é optar pela contratação de um profissional qualificado para atender aos funcionários em um período determinando, por exemplo, mensalmente.
Também é possível inserir na lista de benefícios descontos com parceiros ligados ao auxílio à prevenção contra doenças mentais, como academias, nutricionistas, aulas de meditação, massagens, entre outras atividades entendidas como eficazes nesse processo.
Uma boa ideia é promover eventos no ambiente de trabalho com o intuito de incentivar uma relação próxima em a equipe, fazendo com que todos estejam integrados e conectados, evitando conflitos, panelinhas e outras práticas que podem influenciar na convivência saudável.
Aproveite esse momento para mostrar à equipe que a empresa se preocupa com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida de cada um. Dialogue com eles para identificar quem precisa de ajudar por meio dessa relação mais próxima.
Agora que você entende a importância de cuidar da saúde mental dos profissionais de saúde e os problemas podem surgir quando não há essa preocupação, não deixe de aplicar as dicas apresentadas em práticas para contribuir para que todos estejam bem de saúde e produtivos.
Este artigo foi útil para você? Então, aproveita para conferir as 6 melhores formas de aplicar a biossegurança hospitalar e entenda mais sobre o tema!
Acreditação ONA: o que é e como conseguir essa certificação hospitalar? No momento em que um hospital, serviço de diagnóstico por imagem, laboratório ou outra organização do setor de saúde conquista a acreditação ONA, a instituição comprova que adota um padrão de qualidade e segurança em seus processos. Com isso, ela consegue melhorar sua credibilidade para o mercado, para os profissionais de saúde e também para os pacientes.
Dessa forma, é uma certificação de grande importância, pois demonstra a excelência na parte de assistência e de gestão. Tem interesse em entender melhor o que é a acreditação ONA, as principais vantagens em conquistá-la, os níveis de certificação e quais etapas precisam ser cumpridas para obtê-la? Todas essas informações você encontra neste post. Boa leitura!
Desde 1999, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) — entidade não governamental e sem fins lucrativos — atua para que hospitais, clínicas e outras instituições de saúde possam alcançar um alto padrão de assistência, especialmente nos quesitos qualidade e segurança.
Sendo assim, a ONA é responsável pelo desenvolvimento e pela gestão dos padrões brasileiros nesses aspectos. A entidade conta com uma metodologia internacional, já que é integrante da International Society for Quality in Health Care (ISQua) — parceira da Organização Mundial de Saúde (OMS). Da ISQua, fazem parte instituições de qualidade à saúde dos Estados Unidos, do Canadá, da França e do Reino Unido.
A acreditação serve para avaliar e certificar a qualidade dos processos de locais que prestam assistência à saúde, tendo como objetivo a melhoria contínua desses serviços. Ela segue três princípios:
O processo para a obtenção da certificação é realizado apenas por entidades acreditadoras credenciadas pela ONA e que utilizam como referência as diretrizes do Sistema Brasileiro de Acreditação e o Manual Brasileiro de Acreditação.
Em geral, para serem acreditadas, as instituições têm o desempenho organizacional avaliados. Assim, elas precisam apresentar:
Ao conseguir a acreditação, o hospital demonstra que modificou seus processos para atingir um alto padrão de qualidade definido pela ONA. Como são instituições que lidam com a vida das pessoas, torna-se um selo importante, uma garantia de que os pacientes vão receber um atendimento seguro e de excelência.
No decorrer de todo o processo para obter o certificado, há ainda uma mudança na cultura da organização, que passa a envolver todos os colaboradores para que aumentem sua produtividade, a identificar erros e riscos, e a atuar de acordo com boas práticas. Desse modo, além de aperfeiçoar o atendimento ao público, há uma melhora no ambiente de trabalho.
Nessa questão, é preciso destacar também a adequação do local com novas tecnologias, como equipamentos médicos e também softwares de gestão para integrar o trabalho das equipes e melhorar a comunicação entre os profissionais. Com isso, há agilidade nos fluxos de trabalho, o que pode até mesmo significar melhores resultados financeiros para a organização no futuro.
Em resumo, as principais vantagens de ter esse selo de qualidade são:
A acreditação da ONA pode ser conquistada em três níveis:
Esse é um aspecto importante, pois permite que a organização de saúde se adapte gradativamente até conquistar o nível de excelência. Em outras palavras, pode ser considerado um programa educacional continuado, já que é revisto periodicamente.
Como dissemos, a participação no processo de avaliação é voluntário, sendo que instituições do setor da saúde de diferentes níveis, portes e complexidades podem conseguir a acreditação ONA. Para que a organização seja elegível, é preciso seguir os critérios:
Além disso, é necessário arcar com as taxas de visita de acreditação ONA e das taxas de manutenção dessa certificação.
Ao concluir que sua entidade é elegível, ou seja, está com a documentação regularizada, o próximo passo é entrar em contato com uma instituição acreditadora credenciada pela ONA, que vai dar andamento a todos os processos de avaliação, elaborando, inicialmente, um plano de visitas.
Para se preparar e alcançar os quesitos exigidos, as organizações de saúde podem contar com o trabalho de auditoria interna e externa.
Hospitais, laboratórios, ambulatórios e outras organizações que prestam serviços de saúde podem melhorar seus processos de gestão e oferecer mais qualidade e segurança na assistência ao cumprir o que é exigido pela acreditação ONA. É, portanto, um selo muito valorizado no setor e que pode trazer uma série de benefícios para a instituição.
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Entenda como funciona um hospital de campanha. Nos últimos meses, você já deve ter ouvido o termo “colapso no sistema de saúde”, não é? Por causa da pandemia do novo coronavírus, essa se tornou uma preocupação bastante comum. Afinal, diante do crescimento de casos, passou a ser necessário oferecer mais atendimento. É nesse contexto que vale a pena saber como funciona um hospital de campanha.
Afinal, essa estrutura se mostrou uma ótima solução para o enfrentamento da crise. Com projetos adequados e uma atuação focada nas necessidades de cada local, especialmente, eles se tornaram indispensáveis no momento mais crítico.
Para que você não tenha dúvidas, mostramos como funciona um hospital de campanha de forma completa. Venha conferir!
Podemos dizer que o hospital de campanha é uma unidade de atendimento médico temporário. Ele serve, principalmente, para situações de emergência e de aumento na demanda por atendimento.
O principal objetivo de erguer uma estrutura do tipo é impedir o colapso da saúde devido à taxa de ocupação elevada. Afinal, um fluxo muito grande de pacientes pode resultar em longas filas e na falta de capacidade para atender a todos.
Inclusive, há algumas “regras” que ajudam a definir quando é o momento de usá-lo. O indicado é, primeiramente, reforçar os leitos e a estrutura dos hospitais públicos. Depois, se necessário, é o momento de contratar leitos na rede privada.
Se mesmo assim o fluxo for tão grande para ser absorvido, aí, sim, é o momento de recorrer a essa solução.
Diante da pandemia do novo coronavírus, diversos estados brasileiros inauguraram hospitais de campanha. Em vários locais, inclusive, eles foram os responsáveis por evitar um colapso em todo o sistema de saúde. Em abril de 2020, eram mais de 100 hospitais do tipo, divididos em 19 estados e no Distrito Federal.
Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, os principais ficaram no Complexo do Anhembi e no Pacaembu. No Rio de Janeiro, as duas unidades inauguradas foram no Maracanã e em São Gonçalo. O Amazonas, que foi amplamente afetado pela doença, teve uma unidade de campanha na cidade de Manaus.
Entre as estruturas utilizadas, houve o aproveitamento de estádios de futebol, espaços culturais e até de hospitais privados desativados.
Pensando em como funciona um hospital de campanha, é preciso entender, primeiramente, como deve acontecer sua construção. Nesse momento, é essencial utilizar elementos que permitam a esterilização, como pisos e revestimentos móveis, mas que garantam o isolamento e a limpeza.
Também é necessário dispor corretamente os leitos e, inclusive, criar áreas de isolamento para pacientes graves ou contagiosos — como foi o caso das estruturas abertas na pandemia.
Além disso, temos que considerar os protocolos para garantir o melhor aproveitamento no tratamento. Cada hospital tem liberdade para definir o melhor modo de agir, de acordo com as necessidades locais.
No geral, entretanto, há indicações sobre o tempo mínimo de permanência do paciente no hospital de origem e como deve ocorrer a admissão de outras pessoas. Também são definidas ações diversas, como a testagem inicial, a realização de exames, os procedimentos que podem ser feitos, os critérios de internação na UTI e assim por diante.
O objetivo é criar um “roteiro” completo para que os profissionais ganhem eficiência e agilidade na atuação. Como o fluxo de pacientes pode ser muito grande, a padronização ajuda a evitar erros ou dificuldades no atendimento a todos.
Além dos leitos e dos recursos, os profissionais são parte essencial do funcionamento de um hospital de campanha. Afinal, são os grandes responsáveis por executar os protocolos de atendimento e realizar as atividades que garantem apoio completo.
Para que isso seja possível, é obrigatório ter uma equipe de assistência e de apoio. Médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos são os principais profissionais nesses ambientes.
Independentemente da quantidade ou das especializações, é indispensável que sejam pessoas totalmente treinadas para a atuação nessa estrutura temporária. Inclusive, esse é um dos motivos que justificam a importância dos protocolos de atendimento.
Como a contratação é feita pelo setor público e em caráter de urgência, ela tem um regime especial. Os profissionais não precisam ser aprovados em concursos, já que o objetivo é ter agilidade.
Entre as questões sobre como funciona um hospital de campanha, também é preciso entender quais são os pacientes que podem ser atendidos. No geral, há um público-alvo que é atendido, o que deixa de pressionar o restante do setor de saúde.
Novamente, esse é um protocolo que depende de cada hospital criado, bem como das demandas que a região apresenta. É bem comum que pacientes oncológicos, imunossuprimidos e que tenham dificuldades de estabilidade sejam transferidos para instituições com mais estrutura.
Também é comum que pacientes que vão receber alta sejam transferidos para que recebam os cuidados finais antes da liberação. Isso aumenta o número de vagas disponíveis no sistema de saúde tradicional, sem que haja a falta de cuidado para os outros pacientes.
Em outros locais, um hospital desse tipo é construído para dar apoio a cidades e regiões menores e com menos estrutura. Então, é possível que as vagas sejam destinadas a pessoas que estejam dentro de determinado raio.
Para entender como funciona um hospital de campanha, também é essencial considerar quando ele deixa de atuar. Basicamente, ocorre o fechamento da instituição diante de uma estabilidade de casos da situação que motivou a sua abertura.
Em geral, quando o sistema de saúde tradicional deixa de estar tão pressionado, ocorre o fechamento das unidades. Depois disso, os profissionais podem ser realocados em outras instituições e os equipamentos e insumos também são aproveitados em outros pontos da estrutura.
Saber como funciona um hospital de campanha permite ter uma dimensão da importância dessa estrutura. No Brasil e em plena pandemia do Coronavírus, estruturas como essa se mostraram excelentes ferramentas para evitar que o sistema de saúde entrasse em colapso.
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