Uber médico: veja como a tecnologia está transformando o atendimento na saúde

Tecnologia e medicina sempre andaram de mãos dadas, proporcionando inovação dentro e fora dos centros cirúrgicos. Os avanços englobam desde novos equipamentos e técnicas até formas de melhorar a relação médico-paciente. Nesse sentido, o destaque da vez é o chamado Uber médico — agendamento de consultas domiciliares por um aplicativo.

Como tudo que envolve a saúde digital, logo despontam preocupações em relação à qualidade e à segurança do atendimento prestado. Assim, surgem dúvidas quanto à regulamentação e fiscalização do serviço, bem como à preservação da ética médica.

Assim, neste post abordamos o assunto explicando como funciona o Uber médico, quais são os aplicativos disponíveis no Brasil e o que diz o Conselho Federal de Medicina a respeito. Acompanhe!

Como funciona o Uber médico?

Nomeado assim em função da semelhança com a plataforma de transporte, é um serviço que permite o agendamento de atendimento médico familiar por meio de aplicativo. Além de buscar facilitar a marcação de consultas, o conceito do Uber médico visa humanizar a medicina, resgatando antigo médico de família, porém, com mais tecnologia.

Além de consultas médicas, o serviço pode ser utilizado para a vacinação e também coleta de exames. Trata-se de uma boa opção para idosos, mães com crianças muito pequenas e pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo. No entanto, é importante ressaltar que as visitas são indicadas para casos de baixa complexidade, não englobando urgências e emergências médicas.

O aplicativo funciona conectando médico e pacientes. Os primeiros devem se cadastrar, apresentando os devidos documentos, e aguardar a aprovação. No perfil de um médico, ficam disponíveis diversas informações, como foto, formação, especialidade e experiência profissional. Além disso, o profissional deve informar as localidades e horários em que está disponível para realizar atendimento.

Já os pacientes devem fazer um cadastro como usuários e para solicitar uma consulta precisam informar os sintomas, especialidade requerida e endereço em que deseja ser atendido. Após essa etapa, deverá escolher a data e horário, solicitando o agendamento.

As consultas têm um preço pré-determinado, podendo variar entre dias úteis e fins de semana e feriados, médico, especialidade e localidade. Os pagamentos são feitos pela plataforma que costuma aceitar cartões de crédito. Os aplicativos ficam com uma porcentagem do valor pago pelo paciente.

Quais são os principais aplicativos disponíveis?

No Brasil há, pelo menos, três aplicativos que oferecem esse tipo de serviço em funcionamento, sendo o primeiro deles o Docway, desde 2015. Além da Docway, as empresas Doctor Engage e Doutor Já disponibilizam serviço semelhante.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, os aplicativos oferecem mais de 50 especialidades médicas, sendo pediatria e clínica geral as mais solicitadas.

Docway

Trata-se do primeiro aplicativo de Uber médico do Brasil, conta com mais de 3 mil médicos cadastrados. Criado pelo curitibano Fábio Tiepolo, o aplicativo surgiu da ideia de conectar médicos e pacientes, estimulando a realização de consultas domiciliares. O serviço já está presente em mais de 250 cidades do país.

Disponível para iPhone e Android, o aplicativo oferece um histórico das suas consultas, solicitação de recibos e permite a criação de sub-perfis para familiares. Uma das grandes vantagens que o aplicativo oferece é a flexibilidade e autonomia para a marcação de consultas.

Entretanto, os preços podem não ser muito atrativos. Os valores são definidos pelos próprios médicos e podem variar bastante, porém o ticket médio é de R$ 250 a R$ 300.

O que você precisa saber sobre a regulamentação pelo CFM?

Embora o primeiro aplicativo já esteja em atividade no país desde 2015, somente fevereiro de 2018 o CFM regulamentou e declarou ético o serviço de Uber médico. Para tal, o Conselho elaborou uma série de resoluções que dispõem sobre as exigências para o funcionamento dos aplicativos.

Há uma grande preocupação com a preservação da ética na relação médico-paciente e também com a publicidade desse tipo de serviço, gerando uma concorrência desleal em detrimento da qualidade. Assim, listamos aqui algumas regras que devem ser seguidas tanto pelos aplicativos quanto pelos profissionais. Veja:

  • os médicos cadastrados devem ter o Registro de Qualificação e Especialidade (RQE), ou seja, aquele que comprova terem feito residência ou passado em prova específica da especialidade que exercem;
  • os profissionais devem fazer o registro físico e digital da consulta realizada, possibilitando o acesso ao prontuário, tanto pelo paciente quanto por outros médicos;
  • cada plataforma deve ter um diretor técnico médico, a fim de garantir que os serviços sejam prestados com a devida qualidade;
  • é vedada e divulgação do valor das consultas em anúncios publicitários. Assim, o paciente só deve ter acesso ao preço da consulta ao abrir a ficha do médico.

Como é a aceitação dos pacientes que usam o serviço?

Para os médicos, as principais vantagens são definir seus horários de atendimento e valores cobrados, além de economizar com infraestrutura e reduzir o índice de absenteísmo — grande desafio nos consultórios.

Já para os pacientes, a praticidade e a agilidade de marcar uma consulta sem burocracia, fila de espera e de ser atendido em casa são os maiores atrativos. Por isso, os serviços vêm ganhando mais e mais usuários ano a ano, porém, os especialistas alertam para algumas questões.

Por exemplo, os aplicativos não são obrigados a mostrar a avaliação dos profissionais em suas fichas, e também não ficam claras as responsabilidades do aplicativo pelo atendimento prestado, já que não há punição prevista. Além disso, os valores praticados podem ser um entrave a popularização do serviço.

De toda forma, é importante estar atento às tendências tecnológicas na área da saúde, sobretudo as que buscam melhorar a experiência do paciente. Afinal, um médico precisa se manter atualizado tanto tecnicamente quanto em relação à gestão de sua carreira.

Nesse sentido, o Uber médico vem sido cada vez mais procurado por médicos recém-formados que não ainda não têm consultório, mas também por profissionais mais experientes que buscam renovar suas formas de exercer a profissão e estreitar a relação com seus pacientes.

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    As contribuições da tecnologia na área da saúde estão dentro dos hospitais, podendo ser vistas na realização de exames, cirurgias e tratamentos. Mas, os seus efeitos podem ser percebidos por todos. A expectativa de vida no Brasil, por exemplo, que antes era de 70 anos em 2000, já subiu para 75,5 em 2016, e tende a crescer ainda mais.
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    1. Cirurgia 3D

    Para procedimentos feitos por videocirurgia o 3D é uma tecnologia revolucionária. Ela permite mais realismo, pois agora o cirurgião pode ter uma noção de profundidade na hora de realizar o procedimento. O paciente também se beneficia desse avanço, pois como o tempo de indução anestésica é reduzido, a sua recuperação no pós-cirurgia também se torna mais rápida. Além disso, os equipamentos mostram os tecidos com múltiplas tonalidades e os médicos podem vê-los em Full HD.

    2. Biomodelos

    Biomodelos são réplicas de órgãos ou ossos, feitos a partir de impressões 3D. As empresas que produzem esse material criam as réplicas a partir de resultados de exames em imagens, como tomografias ou raios x. Dessa forma, os biomodelos utilizam tecnologia para possibilitar que os médicos conheçam melhor os órgãos e os problemas presentes neles, antes de realizar a cirurgia. Essa inovação é benéfica para todos. Com ela, os profissionais passam a cometer menos erros e os pacientes tem menos riscos de complicações, pois a cirurgias são mais curtas. Os hospitais também se beneficiam financeiramente, pois podem atender mais pacientes e reduzir os custos de procedimentos. Além disso, as próteses também podem ser usadas como material de estudo nos cursos de medicina.

    3. Realidade virtual

    Famosa por estar presente em diversos jogos e produtos de entretenimento, a realidade virtual também pode ser aplicada na medicina. Essa tendência, pode ser aplicada na formação de profissionais da saúde e no tratamento de problemas físicos ou mentais dos pacientes. As suas aplicações ainda estão sendo descobertas e aprimoradas, mas por enquanto já se sabe que ela pode ser utilizada no controle de fobias, no tratamento de dor, na formação de cognição social em jovens com autismo, na melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência e idosos, e no treinamento de cirurgias.
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    Como a Telemedicina tem transformado os métodos de análise de ECG?

    A medicina está cada vez mais evoluindo tecnologicamente, sempre com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, agilizar os processos, diminuir custos e democratizar o acesso a exames e procedimentos. Na área da cardiologia não poderia ser diferente.
    O eletrocardiograma é um exame simples e já muito conhecido, que revela alterações na atividade cardíaca do paciente. Nele, é usado um equipamento para medir a eletricidade que o coração transmite, gerar gráficos e comparar para ver se essa eletricidade está normal. A análise de dados do eletrocardiograma é um processo muito importante pois permite a identificação de problemas cardiovasculares que podem ser fatais. Sendo assim apesar de ser um exame simples que já existe há anos, o eletrocardiograma continua sendo importante e investe-se cada vez mais em tecnologias para primorá-lo, como é o caso da Telemedicina.

    O que é Telemedicina?

    A telemedicina utiliza uma nuvem de dados para conectar os médicos e seus pacientes em tempo real. Seu conceito é bem simples: utilizar tecnologias da informação para promover a saúde. Afinal, com a evolução dos nossos Smartphone e outros dispositivos, nada mais óbvio do que juntar essa tecnologia com a medicina. A Telemedicna tem revolucionado a medicina tradicional com entrega de exames e resultados em formato digital, que são mais rápidos e garantem a mesma qualidade que os resultados físicos. Dessa forma, ela visa beneficiar a todos e democratizar o acesso à informação e saúde.

    Como a Telemedicina tem sido aplicada em exames ECG?

    A Telemedicina aparece em exames ECG com a utilização de eletrocardiógrafos digitais. Essa tecnologia permite a transmissão de resultados em apenas 30 minutos, possibilitando uma a transmissão de informações à distância e uma portabilidade para os seus usuários.
    A Telemedicina pode ser utilizada em qualquer tipo de aparelho de ECG, mesmo aqueles mais antigos, pois é uma plataforma que deve ser usada como estratégia aliada à medicina tradicional. Sendo assim, ela representa uma mudança simples mas extremamente eficaz para a área da cardiologia, que promete continuar sendo tendência nos próximos anos.
    A Medicalway é referência na comercialização de equipamentos modernos e tecnológicos aos hospitais e clínicas médicas. Na área da cardiologia temos Eletrocardiógrafos modernos como o Beneheart R12, que gera um ECG rápido e preciso, para ajudar você a satisfazer diversas demandas clínicas, e o BeneHeart R3 que é sofisticado e portátil, fornecendo uma solução altamente eficiente para as necessidades cotidianas das instituições médicas.
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